Visita presidencial à África do Sul abriu caminho a parceria estratégica
Luanda – O ministro das Relações Exteriores, George Chicoty, disse hoje, quinta-feira, em conferência de imprensa, em Luanda, que com a visita do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, à África do Sul, nasceu uma parceria importante e estratégica.
O chefe da diplomacia angolana fez estas declarações quando fazia o balanço desta primeira visita de Estado do Presidente
angolano, ocorrida de 13 a 15 do corrente, neste país da Comunidade dos Países da África Austral (SADC).
George Chicoty argumentou que isso é possível porque “os dois países identificam-se com uma só história, com os mesmos objectivos em termos de desenvolvimento económico e social e, sobretudo, para que haja trocas entre os respectivos povos”.
De igual modo, fez um resumo das actividades desenvolvidas pelo estadista angolano, das quais destacou a condecoração com a
distinção mais alta na ordem sul-africana, designada Oliver Tambo, pelo apoio de Angola para a erradicação do Apartheid.
Salientou os instrumentos assinados pelos dois países, como o Plano de Acção no domínio da Energia, o acordo no domínio das Obras Públicas e Construção, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Declaração de Intenções no domínio Financeiro, esta última que permitirá o financiamento de vários projectos em Angola.
Disse que esta declaração de intenção prevê uma linha de crédito que poderá ir entre um bilião e três biliões de dólares, com a possibilidade de adquirir serviços e bens fora da África do Sul.
Salientou igualmente o facto de a visita ter permitido a abertura de um espaço destinado a empresários dos dois países, permitindo
trocas importantes para que eles possam continuar a desenvolver a região.
George Chicoty fez ainda referência à visita do Presidente da República à Ilha de Robben, onde se pode visitar o local onde vários líderes sul-africanos estiveram detidos, incluindo o Presidente Nelson Mandela.
Disse que o aspecto históricos que se pode salientar é o engajamento do líder angolano, em termos de libertação do continente.
“Esta prisão mostra o rigor com que o regime do Apartheid tratou cidadãos sul-africanos que lutaram por ideais para todos os africanos, dai que há a destacar a sensibilidade do Chefe de Estado angolano para com os povos que lutaram pela sua liberdade”, disse.
O ministro fez alusão à importância que o Presidente Jacob Zuma deu, não só à visita, como também a relação pessoal com o Chefe
de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
George Chicoty argumentou que este é um justo reconhecimento a um homem que durante estes vários anos tem dado o máximo
para a própria estabilidade política de Angola, também a libertação dos países vizinhos.
Com isso, acrescentou, “pode-se notar que a história de Angola é marcadamente dada aos outros, em que se ajuda os países vizinhos a conquistar valores políticos, democráticos importantes que permitem hoje melhores condições e a África do Sul é um
exemplo disso”.
Concluiu que, neste contexto, Angola e África do Sul deram um passo em frente numa parceria que trará muitos frutos não só para os dois países, mas para toda a região da Comunidade dos países da África Austral (SADC), onde os dois são já as duas maiores economias e certamente com potencial para poderem contribuir ainda mais.
Fonte: ANGOP
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